quinta-feira, 29 de março de 2018

SAI UM PROVINCIANISMO PARA A MESA DO CANTO


Provincianismo do Dr, o chamado dê erre. O provincianismo dos políticos portugueses é contrário ao Povo Português. O recente caso de Barreiras Duarte da licenciatura e estudos estranhos ou falta deles não é o caso único. A verdade é que este provincianismo dos nossos políticos não é de agora, é de há muito. Os mais recentes são o do Sócrates, o do Relvas, o adjunto do Costa e são tantos os casos que até dá dó…

Eu considero que isto é uma síndrome da licenciatura, como alguém já o disse, porque para ser o que quer que seja na política, não é necessário uma licenciatura, mas sim o saber pensar e fazer. Há diversos países em que os seus políticos, pelos vistos, até os mais capazes, não têm qualquer tipo de licenciatura, mas sim tem a vontade a capacidade política para melhorar o seu país, e estão rodeados pelos melhores técnicos para executar a sua determinação política.

Os políticos terem uma licenciatura não equivale a uma genuína vontade de melhorar as condições de vida do Povo. Note-se que a formação académica pode ser determinante na formação de um estadista, mas não é ela a condição “sine qua non”, um mau político será sempre mau, mesmo que doutorado. Até se dizia que o Mário Soares afirmava de Vítor Constância que ele era “o nabo mais inteligente que eu já conhecera”, dado a sua falta de jeito para líder político, não obstante a sua formação académica.

Provincianismo de cavar: também é provincianismo e desperdício de recursos proteger estes políticos que foram para as nossas florestas fingir que cavavam ou limpavam a floresta. Primeiro ponto: foram depois da data prevista para a limpeza, logo deviam ser multados por limparem a floresta fora do prazo que estabeleceram. Segundo ponto: António Costa teve 6 min e 47 segundos a fingir que limpava, já os ministros que estiveram com o Presidente da República nem tiraram as mãos dos bolsos, pois daria muito trabalho. Conclusão: foi um momento triste da política portuguesa e pior que isso demagógico, logo após a nomeação para a proteção civil de alguém que ainda não se sabe o que fez ou deixou de fazer nos incêndios passados. Tristes figuras. A verdade é que mais vale uma mão inchada do que uma enxada na mão.

Provincianismo das pontes: este é um assunto que me diz muito, pois vivi durante alguns anos na margem sul do Tejo e houve uma fase em que atravessava a ponte todos os dias, pagando portagem. Agora soube-se que aquela portagem paga a um privado, em que o presidente foi ministro e que negociou esse contrato, não era para pagar a manutenção da ponte, como sempre se alegava. Era afinal para eles, só e ponto. Agora a manutenção terá que ser paga por todos nós. Será que estas PPP continuam a fazer a sentido? Há uma frase atribuída a Rei D. João II em que ele dizia que não era Rei de Portugal, mas sim rei das estradas de Portugal. Neste momento, confesso que com estas PPP todas, nem nas estradas mandamos, logo Portugal nem estradas têm.

Provincianismo das vacinas: temos quase uma centena de casos de sarampo em Portugal. Que comentário se pode fazer a algo tão idiota como uns pais que não dão uma simples vacina que previne o sarampo que está no Plano Nacional de Vacinação? Ora… Vacine o seu filho!

No fim deste artigo, só espero que algum dos nossos políticos tenha conseguido tirar a licenciatura (não a ninguém), seja essa tirada num domingo, numa equivalência qualquer ou em algum apartamento emprestado por um grande amigo. Quem sabe não conseguem ser catedráticos em qualquer coisinha, só porque sim!

É verdade, será que podem aproveitar para dar uma formação para adultos de finanças ao António Costa? Já agora, ele que aproveite e peça desculpa a todos os madeirenses que tiveram que sacrificar para contribuir positivamente para a diminuição défice em Portugal. Estamos na Páscoa é uma boa ocasião para redimir-se!

​ ​Post Scriptum: Após um dos últimos artigos que escrevi sobre o macarrão e o arroz de lapas, tive o privilégio de ser convidado a participar no jantar da Confraria das Carnes, e com isto quero fazer nota do enorme trabalho e divulgação da gastronomia da Região Autónoma da Madeira que a Confraria faz. Por isso, quero deixar aqui uma palavra de agradecimento em ter participado, mas também de elogio ao trabalho de todos os confrades.

Sem comentários:

Enviar um comentário

O blogue Madeira Minha Vida não é responsável pelos comentários reproduzidos no blogue.
Cada comentário é da responsabilidade de quem o redige.

Comente com ponderação!