quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Educação é a pedra basilar


A vinda da Google para Portugal é uma excelente notícia para todos os portugueses, essencialmente pelos empregos criados. A Google já garantiu que não se trata de um Call Center, mas de uma Hub de fornecedores da mesma Google. Este investimento indireto da Google representará 500 novos postos de trabalho para engenheiros portugueses, sem contar com os impostos que o Governo Português irá arrecadar. Outra boa notícia, é também a vinda da Amazon para Portugal, neste caso para o Norte do país. Ainda não se sabe muito bem como serão os contornos deste negócio e o que implicará.

Apesar de Portugal não possuir uma grande indústria, mas ter algumas matérias-primas, esta matéria-prima no panorama global é muito pouco, se não contarmos com a cortiça. Os negócios na Internet, os empregos altamente qualificados, a programação, a Internet das coisas e tudo o que está relacionado com estas áreas poderá ser uma grande alavanca do nosso crescimento económico e abre-latas para resolução de problemas que Portugal atravessa.

O que é relevante neste negócio da Google é que foi anunciado pelo Primeiro-Ministro, António Costa, mas porque é que teve que ser Primeiro-Ministro de um país a anunciar um investimento de uma empresa privada estrangeira em Portugal? E porquê é em Lisboa? Apesar de o Governo vir à pressa dizer que nada tem a ver com isso. É sempre o centralismo de Lisboa, pouco ou nada poderá estar nas outras regiões do país. Quem será que se recorda da intensão da gigante Yahoo vir para Portugal, nomeadamente para a Madeira, contudo, na quase chegada da Yahoo, a mesma foi bloqueada, por um Governo Socialista alterando as regras fiscais e prejudicando Portugal e a Madeira. Ah, pois, é… Será que, se a Yahoo fosse para Lisboa, teria acontecido o mesmo? Acredito que não… Previa-se que o Estado Português iria arrecadar 70 Milhões em impostos, sem contarmos com a visibilidade que se dava à região e também os postos de trabalho que iria criar.

Se a vinda da Yahoo em 2004 se tivesse concretizado, com certeza que estaríamos menos mal, pois seria a primeira porta aberta de Portugal para o Mundo, tal como Vasco da Gama fez ao descobrir o caminho marítimo para Índia.

Esta é uma internacionalização de Portugal na área digital para o Mundo, em vez de exportarmos a nossa mais-valia que são as nossas pessoas formadas, eis que as empresas percebem que terão maior rentabilidade se mantiverem as pessoas qualificadas próximas de casa e no seu país. A nossa educação é, sem dúvida, o paradigma e aposta que se deve fazer, só nisto é que somos e podemos ser melhor que os outros players. Não, nem deve ser em mão-de-obra barata, porque, assim, as empresas rapidamente deslocalizam-se quando houver um país em vias de desenvolvimento que lhes dê melhor condições fiscais.

Já agora, dia 19 deste mês, na ACIF, irá realizar-se um Roadmap para a internacionalização, logo para quem tiver startups ou grandes empresas, deixo o conselho de participar, pois terá o flash e a dica, que, se calhar, faltariam para internacionalizar o seu negócio.

Publicado na Revista Madeira - Fevereiro

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