quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

MAIS PALHAÇOS, MENOS MALABARISTAS!


Em semana de festa, tive o privilégio de ir ao Circo, confesso que já não recordo da última vez que fui o circo. Para verem há quanto tempo não ia a um circo, acredito que a última vez fui ao Campo Almirante Reis. Ah que tempos…

É verdade que sempre me fascinou a vida circense, acho que qualquer um já imaginou o que seria viver pelos países, por terras e terriolas com feras. É verdade que este ano fui por um grande motivo: o meu filho.

Também é verdade que fui ao circo Dallas. E foi fantástico, eu estava tão entusiasmado como o meu filhote.

Ver as trapezistas e o candelabro (tenho dificuldades nos nomes técnicos, reconheço) a subir e descer de modos que uma pessoa fica a pensar: vão ficar ali no chão sem mexer nada, quando, à última oportunidade, conseguem agarrar-se e salvar-se da queda iminente.

Apreciar as pernas – seguras - da senhora no antipodismo a levantar uma data de coisas… Os equilibristas de pratos, cujo grande desafio é mandar os pratos pelo ar, confesso que apetece muitas vezes fazer isso, em especial quando estão no lava-loiça.

O ilusionista que fez com cada truque, em especial o do desaparecimento da partner e o aparecimento do Tigre, é algo que ainda estou a pensar como aconteceu.

Os cães a fazer malabarismo, os cães a jogar à bola. Sem dúvida que reviver o circo com o meu filho foi um dos grandes momentos deste ano. O atirador que usava as bestas, fez-nos suster a respiração, em especial quando uma amiga é convidada a segurar num balão. Algo tão fascinante e de tanta emoção e perigosidade!

Ah!, é verdade… Os palhaços… Este é sem dúvida um dos números que qualquer criança desperta e fascina-se, como é óbvio acordei a criança interior em mim, ri com quedas e com as travessuras de cada um deles.

Mas um dos momentos marcantes é ver a espécie de camarim, moldura de espelho (sem espelho) com luzes, em palco em que um dos palhaços sai da personagem e torna-se num de nós, esta é sem dúvida uma imagem que poucas pessoas reparam, mas nós, muitas vezes, colocamos uma máscara, pintamos a cara ou escondemos a mesma para vestir uma personagem que nada tem a ver connosco, mas queremos que os outros acreditem que somos aquilo.

Um circo é, de facto, o “maior espetáculo do mundo”, e personifica cada pessoa da nossa sociedade, na verdade, e em especial na nossa política, precisamos de mais palhaços, pessoas genuínas que têm um objetivo para com os outros, e menos malabaristas! Com este artigo, quero convidar-vos a visitar o circo, seja ele qual for, a estar com a vossa família, a viver com as nossas, as vossas tradições, mas, acima de tudo, a transportarem este espírito de Natal para o resto do ano e para 2018. Desejo a todos um Feliz e Santo Natal.

Publicado no Siga Freitas - JM-Madeira

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