domingo, 1 de outubro de 2017

Propostas em incubadoras


O mês anterior foi propício em propostas em que se destacam o emprego, mas também do empreendedorismo e inovação. A verdade é que muitas das propostas são de várias candidaturas para as suas freguesias e concelhos.

Não existem propostas inválidas, mas existem algumas irrealistas, uma daquelas que ouvi ou li foi aquelas de quase haver uma incubadora de empresas em todos os concelhos da região. Mas será viável? Há muita gente que se esquece que a Madeira tem tanta gente como uma mera rua de Nova Iorque.

Uma incubadora de empresas tem que ter diversas caraterísticas, mas uma dessas deve ser estar próximo da inovação, em especial das universidades, porque as universidades têm acesso à inovação primeiro que outra instituição qualquer, as empresas buscam as suas inovações junto das universidades. Não é por nada que Silicon Valley cresceu com um grande impulso do Departamento de Defesa, mas também da Universidade de Stanford. Porque razão? As questões militares são um dos principais motivos de uma inovação rápida, por exemplo a Internet. Nós, em que poderíamos crescer?

Em primeiro lugar ver as nossas vantagens, nomeadamente o nosso clima. Em segundo lugar, a nossa localização estratégica, mas para esta localização falta-nos algo. Falta-nos os transportes, mas para haver o interesse dos transportes é necessário haver o interesse das empresas, “uma mão lava a outra e as duas lavam o rosto”.

Por isso, quando este artigo for publicado, todos as propostas já lá foram na espuma dos dias e estarão arquivadas para daqui a 4 anos ou para as eleições regionais, mas, se pensarmos de forma estratégica? Independentemente dos resultados eleitorais, a incubadora de empresa já existe, falta sim abrir-se ao resto das pessoas, abrir a universidade aos mais velhos, os CETs são uma boa iniciativa. Recordo-me quando vivi na Irlanda, em que a universidade estava integrada na cidade, isto é, as pessoas iam à universidade requisitar livros, iam aos computadores da universidade, a universidade fazia parte do dia-a-dia de todos. O que falta fazer? Aqui a integração e abertura asportas da universidade fará com que as invenções estejam próximas das empresas ou das startups que “nascem nas incubadoras”.

Publicado na Revista Madeira Digital de Outubro de 2017

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